Nossa Senhora da Assunção e São José


13 de Julho

Joana Fernandes Solar nasceu em Santiago do Chile, no dia 13 de julho de 1900. Filha de uma família rica fundista de Santiago do Chile, dotada de invulgar beleza, inteligência e nobreza, decide abandonar tudo: seus pais e irmãos, as amizades que contraiu na vida de socieda­de e obras de apostolado, os desportos em que era eximia (sobretudo a equitação) e os triunfos já obtidos no campo das ciências e das artes. Tinha-se encontrado com Deus, no dia da sua primeira comunhão. "Não se pode descrever o que se passou na minha alma com Jesus... Senti a sua querida voz, pela primeira vez. Modifiquei por completo o meu caráter". Desde esse encontro dos anos da infância, Jesus e Maria continuaram a ser os guias da sua vida interior. Ensinaram-lhe, sobretudo, a sofrer sem se queixar. É que esta jovem, que não chegaria a viver vinte anos, começou a ser purificada por sofrimentos de toda a espécie: perda notável dos bens familiares, doenças que puseram em perigo de vida, grandes provas e desolações espirituais. Aos olhos de todos, Joanita era uma entre muitas: alegre, tranqüila, moderada. "Cumprirei a vontade de Deus com alegria, tanto nas penas como nas satisfações, sem nunca mostrar em minha casa o que se passa no meu coração, sem nunca chorar", propunha-se ela. Desde a sua adolescência foi fascinada pelo Cristo. Ela própria pergunta: "Mas porquê este atrativo pelo sofrimento, que nasce do fundo da minha alma? É porque amo. A minha alma deseja a cruz, porque nela está Jesus; Ele é o meu ideal, um ideal infinito. Suspiro pelo dia em que irei para o Carmelo, para não me ocupar senão d’Ele, viver a sua vida, amar e sofrer pelas almas. Sim, estou sequiosa delas, porque sei que elas são o maior desejo de Jesus”. A grande simpatia espiritual que a ligava a S. Teresa, S. Teresinha e à B. Elisabete da Trindade (de quem se conside­rava uma alma gêmea) e a vontade expressa de Deus - "Ele disse-me que queria-me para Si, e que fosse Carmelita" fizeram-na decidir a entrar na "Ordem de Maria". Entrou no Mosteiro das Carmelitas Descalças de “Los Andes”, no dia 7 de maio de 1919, com o nome de Teresa de Jesus. Se antes tinha escrito: "Nosso Senhor pediu-me para me oferecer como vítima, a fim de expiar os abandonos e ingratidões que sofre no sacrário". Agora que mais intensamente toma "a Maria por espelho", condensa a sua missão de carmelita em ser "como outra Virgem Dolorosa ao pé da cruz, para amar e sofrer pelas almas, especialmente pelos sacerdotes". Ficaria incompleta a descrição desta vida, que a própria Teresa dos Andes resume em duas palavras: "Sofrer e Amar", sem outra afirmação sua: "Nosso Senhor tem-me enviado suas provas, sem embargo sou feliz... Sou a pessoa mais feliz!" Tinha-se encontrado com Deus, essa realidade maravilhosa que ultrapassa e transfigura a dor! Se esta destroi o homem, quanto mais diminui o homem mais cresce Deus. E Deus é a plenitude da alegria! Morreu no dia 13 de abril de 1920, um ano após sua entrada no Carmelo, depois de ter feito a sua Profissão Religiosa. Foi beatificada por João Paulo II, no dia 13 de abril de 1987, em Santiago do Chile, e proposta como modelo para os jovens. Sua canonização deu-se no dia 21 de março de1993, em Roma. É a primeira flor de santidade da nação chilena e do Carmelo da América Latina. Santa Teresa dos Andes é a santa mais jovem entre as Carmelitas Descalças. Uma jovem disponível e que cativa. Soube viver plenamente a sua juventude. Em Deus, alegria infinita de sua vida, encontrou a verdadeira paz. Uma jovem que com seu entusiasmo contagiava a todos. Amava os esportes, os passeios e em tudo sabia ver Deus.