Assim se consumou sua vida: pelo bem da Santa Igreja
Amou tanto a Igreja, que por ela estava disposta a morrer: "Sabia bem que em matéria de fé, ou para não ir contra a menor cerimônia da Igreja, ou por qualquer verdade da Sagrada Escritura estava pronta a morrer mil vezes" (Vida 33.5).
Teresa trabalhou pela união dos cristãos e por eles orava e se sacrificava:
"Como vejo as grandes necessidades da Igreja, estas me afligem tanto que me parece coisa de pouca importância o ter pena por outro motivo" (Relações 3.7).
Qual é a finalidade da oração e do sacrifício? Tem razão de ser a vida contemplativa? Responde a mestra Teresa de Jesus, dirigindo-se às suas monjas e a nós com elas: "Que todas ocupadas em oração pelos que são defensores da Igreja e pregadores e letrados que a defendem, ajudássemos no que pudéssemos a este Senhor meu" (Caminho 1.2).
"E quando vossas orações e desejos, sacrifícios e jejuns não se empregarem nisto que digo, pensai que não alcançais nem cumpris o fim para que vos juntou aqui o Senhor" (Caminho).
A Consumação de sua Vida
A 3 de outubro, pela tarde, pediu e lhe deram o Santíssimo, como viático. Disse para suas monjas, que ali estavam ao redor de seu leito de morte: "Filhas e senhoras minhas, perdoem-me o mau exemplo que lhes tenho dado, e não aprendam de mim, que tenho sido a maior pecadora do mundo e a que mais mal guardou a Regra e Constituições. Peço-lhes, filhas minhas, as guardem com muita perfeição e obedeçam a seus Superiores".
Com doçura e satisfação repetia:
"Enfim, Senhor, sou FILHA DA IGREJA".
Morreu a 4 de outubro de 1582. Aquele mesmo dia, começou-se a contar 15, pela reforma do Calendário, e por este motivo, celebra-se seu glorioso trânsito a 15 de outubro. Contava ela a idade de 66 anos, 6 meses e 7 dias. Viveu na Ordem da Virgem do Carmo 47 anos, 27 na antiga observância e 20 como Carmelita Descalça, da qual deixou fundados 15 conventos de religiosos e 16 religiosas, com Província e Provincial próprio, ficando assim assegurada sua obra.